segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fiz denúncia

Cansamos do vandalismo no bairro. Puta merda, lugar bom, com o m² valorizando diariamente, a onda do momento na cidade em termos de moradia. Tem tudo pra dar certo, os terrenos são planos, bem localizados. Mas os vândalos descobriram ali uma ótima oportunidade de badernagem e pequenos furtos. Indignada, mandei uma denúncia ao jornal local. Espero que publiquem:

"Jardim Dona Emília: um bairro novo, valorizado a cada segundo. Cobiçado pelos construtores, imobiliárias e mortais como eu e muitas outras pessoas.
Dizem por aí: bairro unicamente residencial, onde está proibida a instalação de fábricas, botecos e qualquer coisa que venha perturbar a paz dos moradores. Muita tranquilidade para quem ali fixar residência. Até a página dois. Ponto. Aliás, VÍRGULA, porque aí cabe um MAS...
Eu falo por mim e pelas centenas de pessoas que escolheram o bairro como seu local de moradia. Após anos tentando, finalmente consegui financiar e compra um lote e construir. Agora começo a me questionar se fiz a coisa certa escolhendo o D. Emília como meu lar.
Só em minha construção, por exemplo, já encontramos mais de 10 cachimbos de crack. Falo em 10 como número referencial mínimo, visto que perdi a conta de quantos realmente foram tirados de dentro da obra. Já derrubaram 3 paredes, quebraram tijolos e telhas, arrombaram porta, vandalizaram de todas as formas. Temos receio de entrar e sermos surpreendidos por algum vagabundo (algo que aconteceu dia desses com um casal de amigos que estão construindo, adivinhem onde?). Sei de furtos em casas habitadas, sei de furtos de material de construção, vândalos que invadem e além de subtrair bens, deixam até suas fezes como presente de boas vindas. Um descaso com cada pessoa que depositou ali seu dinheiro e seus sonhos. Cadê o policiamento?
Nossa casa deve ser entregue até o final do mês que vem. Eu estou com muito medo de me mudar.Tenho um bebê de apenas 5 meses. Estamos cotando cerca elétrica, alarme, arame farpado, bomba atômica, qualquer coisa que nos coloque a salvo desses marginais. Em suma: vamos gastar uma grana preta para nos tornarmos prisioneiros em nossa própria casa, já que a vida lá fora é um perigo e tanto.
Acredito que com a grande oferta de casas vazias, existe muita chace de comércio ali. Os chamados "nóias" (pessoas perdidas na droga e que não tem mais nada a perder - essa é a minha visão), vêem oportunidade num mero fio elétrico, uma lata de tinta, pá, seja lá o que for, tudo vira moeda de troca para a aquisição da droga.
E falo mais: a coisa rola solta por ali a qualquer hora. Nem saberia dizer o que acontece à  noite, se durante a luz do dia as pessoas vão se drogar na maior "moral", que dirá protegidas pela escuridão.
Outra coisa preocupante: a droga não tem idade. Não que seja ético, mas eu fiz questão de fotogafar dois adolescentes¹ (com seus 15 ou 16 anos no máximo), que se embrenharam no mato e mandaram ver na maconha. E que se dane o ético e o politicamente correto, ninguém pensa nisso quando entra na minha casa e faz barbaridade.
Tá feita a minha denúncia. Espero que mais pessoas tenham coragem de dar a cara e reclamar. Eu solicito respeito com quem mora ou irá morar no bairro, solicito vigilância. Já que a PM está caindo em cima do crack, é bom que seja feita uma varredura por ali. Tem muito coelho nesse mato.

Adriana Minzon
Futura moradora do D. Emília
À disposição,
Abçs"


¹ - Enviei uma foto ao jornal, flagrando dois adolescentes puxando um fumo. Depois ficam loucos e saem detonando tudo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

As novas - e as velhas também

A novidade é que fechamos, finalmente, o revestimento da casa. A arquiteta Inês Galli compôs um projeto maravilhoso, que acabou de uma vez por todas com as nossas dúvidas.

Na sala, piso de 1,00 x 0,50 cm da Villagres Delta, padrão marmo crema. Ponta de estoque, pura sorte. O piso era pra custar 108,90 o m² e conseguimos 21 m² por 39 reais. Mamão com açúcar. O restante da casa leva porcelanato retificado 54x54 loft, um beginho sutil que não briga com o piso da sala. Paredes do banheiro com porcelanato brilhante da Via Rosa branco, além das pastilhas de vidro verde-água e faixa decorativa Ateliê para acabamento. Vai em volta do espelho e no box (apenas as pastilhas). 
A cor não está bem demonstrada, porque a foto é de celular. Mas são esses os detalhes do banheiro.














Cozinha recebe um revestimento imitando pastilhão, na cor verde (igual ao programa Bem Estar da rede Globo) apenas na parede da pia e fogão, altura da porta. O restante da parede recebe tinta no tom barbante. O mesmo na lavanderia, apenas muda a cor do revestimento para um beginho suave. Soleiras e pia do banheiro em mármore travertino, na cozinha (pia e passa-prato) no verde Ubatuba. Enfim, chega de dúvida.
Foram colocadas calhas, uma porta, uma janela, batentes, conduítes. O muro começou a ser levantado, mas os pedreiros pararam para rebocar a casa. O portão foi comprado, chega em 20 dias.
A velha é que a obra continua num ritmo muito lento. São 5 pedreiros e a coisa parece que estacionou. Sei lá o que esse bando faz o dia inteiro. Parece que tudo, menos trabalhar. Nosso cronograma está um mês atrasado e está difícil pagar os credores por causa da liberação tardia do crédito da CEF.
Outra velha é que continuam entrando na casa pra fumar crack e roubar nossas coisas. Arrombaram uma porta nesse final de semana.
Porta improvisada para trancar os materiais. Serraram o cadeado e entraram pra roubar...
Vamos ter que dar nossos pulos e fazer com que o muro volte a ser erguido, assim dificultaremos a ação dos vândalos. É, parece que com todos os contratempos, estamos indo pra reta final, fase de maior perigo onde o dinheiro some pra valer. Que Deus nos ajude nessa empreitada!